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Alguém que não gosto de citar – porque me irrita, o que é sempre um bom critério de citação! – escreve hoje no jornal “O Jogo”:«Nem dá para perceber se o Brasil jogou bem. É capaz de ter jogado mal. Mas, raios nos partam, porque ninguém joga mal tão bem!»
Abre-se então um precedente futebolístico num blogue que não tem por costume falar de futebol (apesar das excepções justificadas) e que, acima de tudo, não tem por hábito citar Miguel Esteves Cardoso, vulgo MEC...
Consola-me apenas o facto da frase supracitada ser levemente macaqueada a Beckett, além do mais doloroso motivo que leva a confessar que, hélas, o homem tem razão!
posted by DomingonoMundo at 12:13 da tarde
7 Comments:
Eu gostava de comentar, mas, por pedantismo, não comento futebol.
Além disso, o Beckett é afrancesado (até viveu uns bons anos em França, se não estou em erro). O patrão dele, o Joyce, também era afrancesado. E o MEC, que gosta do Beckett e o traduziu, também é, por consequência, afrancesado.
E o Aristoteles, que é um conhecido apreciador de francesinhas, e leu o Derrida todo, também é afrancesado.
Eu também gosto de francesinhas, mas sem queijo e o último intelectual francês que apreciei foi o Poincaré. Não sou afancesado.
Julguei que gostava do Camus, mas foi um erro de juventude.
Jack Lang - pese o nome pouco afrancesado - é uma besta.
E a França há quatro jogos que não marca um golo num Mundial, o que prova, sem possibilidade de refutação, a sua irremediável decadência filosófica.
PS- doyqxq é um tipo de word verification afrancesado.
Nada afrancesado... Pas du tout, caro Funes!
A febre do futebol é que já é tanta...Andamos tão cegos com a beleza do desporto-rei e respectivos governantes, que nem com a equipa a fazer um jogo razoável (elogiando) nós conseguimos criticar o Brasil (selecção)!
Pois tem!
E, se tem, há que reconhecê-lo(a)! ;)
Incrível, Proféssor, hoje meto no carro o álbum preto que não ouvia há colhões e... de repente... dou-me conta que faz anos...
Hoje são 16 de Junho. Hehehe
Há largos anos, numa conversa de jornalistas em que se criticava o JN, ouvi ao Manuel António Pina (então jornalista do JN) dizer sobre JN que ninguém fazia tão bem um mau jornal...
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