Cultura light

Assenta numa lógica de Marketing interessante, que vi discutida numa televisão internacional (só podia...). Passo a explicá-la:
Imaginemos que se pretende erguer um negócio na área da restauração, que estabelece como elemento crítico de sucesso o factor “originalidade”. Mas como podemos ser originais perante tanta diversidade? É fácil! Basta eliminarmos algo que pareça de todo indispensável ao negócio, como por exemplo as cadeiras ou porque não... o cozinheiro.
Se eliminarmos as cadeiras passamos a ter, não um restaurante, mas antes um snack-bar para refeições ligeiras de “pegar e andar”.
Se por outro lado tirarmos o cozinheiro, damos ao cliente a liberdade de, ele próprio criar a sua refeição, pondo de lado a marmita que o acompanha diariamente para o trabalho.
Se por outro lado tirarmos o cozinheiro, damos ao cliente a liberdade de, ele próprio criar a sua refeição, pondo de lado a marmita que o acompanha diariamente para o trabalho.
Et voilà, um restaurante original!
Se extrapolarmos o raciocínio anterior à “caixa mágica” passamos a entender porque assistimos com regularidade à presença de figuras da nossa praça, em áreas que em nada lhes dizem respeito. O que torna original e supostamente apelativa a sua participação, é a total inaptidão ao cargo que representam, eliminando, à semelhança do que se fez no restaurante, um elemento que parecia indispensável ao sucesso de qualquer profissional: a competência.
A título de exemplo:
Sérgio Godinho – Comentador desportivo ( e cantor nos tempos livres!)
João Malheiro – Comentador de “A tertúlia cor-de-rosa” (ex-director de comunicação do Benfica!)
Liliana Santos – Cozinheira (actriz de “Morangos com Açúcar”, apresentadora do “TOP+” e a título mais recente, a musa inspiradora deste blog!)
Pegando neste último exemplo e para não fugir a tónica gastronómica de que se reveste este post, cai que nem ginjas a velha máxima popular:
“Todo o burro come palha, a questão é saber-lha dar!”