Schlegel ao jantar, na cordoaria...
…«Mas como, a meu ver, o que se chama correntemente religião vive no conjunto dos fenómenos mais grandiosos e mais admiráveis, eu só posso, como tal, considerar como religião, em sentido estrito, o que tem lugar quando pensamos, criamos e vivemos divinamente, e que vivemos preenchidos de Deus; quando um sopro de recolhimento e de entusiasmo se estende sobre todo o nosso ser; quando nada se faz por dever, mas tudo por amor, simplesmente porque se quer e quando só se quer porque Deus o diz – Deus, quero eu dizer: Deus em nós.»
Friedrich Schlegel, “Sobre a Filosofia (Carta a Doroteia)”, Athenaeum, Vol. II, 1 (1799)
Friedrich Schlegel, “Sobre a Filosofia (Carta a Doroteia)”, Athenaeum, Vol. II, 1 (1799)
8 Comments:
Então, eu diria que esse jantar deve ter sido sublime! Uma experiência divina(l), ainda que "pouco religiosa"...
Amor em nós. (Gostei muito deste excerto, obrigada)
santidades já me asseguraram que fazes ;) e selecção de textos que dizem, falam, comunicam. também :)
beijos e um kit-kat!
Os jantares "pouco religiosos" (do comentário da mé) são os melhores ;)
Interessante. A questão é que a religião é um conceito humano, colectivo e não individual! Funciona por "contágio" ou pela força do grupo, por isso é que existe a missa, encontros de fé, de reflexão, etc. Há naturalmente o indivíduo singular, mas essa fé individual adquire força na expressão colectiva.
O Schlegel pára no Mercedes? Tenho a impressão que já ouvi isso a alguém...
O quadro parece-me de Casper David Friedrich ... Estarei certa?
Se não for dele, deve ser de um outro pintor do romantismo alemão...
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