Las Férias
Numa altura em que os espanhóis cá se aquartelam aos magotes, vindos em cavalos de ferro que nenhuma Aljubarrota sustém, vivemos o idílio ocioso de "las férias" da Páscoa.
Sim, por mais que licenciosas licenciaturas desassosseguem o andor noticioso em procissões conspirativas mais ou menos independentes, estivemos em ritmo de feriados religiosos, economicamente arrumados sob o nome de Páscoa. E Páscoa é também, etimologicamente, "passagem", não apenas assinalando o percurso do Messias (o profeta, não o brandy), na sua passagem desta para melhor e, posteriormente, da melhor para esta (mau grado a indeterminação desta "esta"), mas também celebrando outras passagens, tão pascais como outras quaisquer.
Celebre-se, pois, nesta passagem:
- Uma televisão que, qual casa de passe, marca a passagem de belas a mestres sem que essa ressurreição lhes altere (seja Deus louvado!) a substância carnal;
- Uma Páscoa democrata-cristã, em que fluidos ribeiros e castros graníticos passam por portas a ritmo de compasso;
- Um Jesus Cristo – este, superstar! – que farto de ser ouvido em registos antigos, aí onde Judas perdeu as botas, desembocará ao que parece na pia baptismal do Rivoli, em que um Rio que não é o Jordão abençoará com Pais-nossos santificados o La Féria, apostado em estragar, com toada revisteira, aquela que foi a primeira ópera-rock…
Quanto a nós, cépticos celebradores, resta-nos ir ao reencontro dos óculos verdes de Herodes, no original Jesus Christ Superstar de Andrew Lloyd Webber, para entoar ao Salvador, relapso em expulsar os vendilhões deste templo:
«So, if you are the Christ, you're the great Jesus Christ. Prove to me that you're divine; change my water into wine (...);
So, if you are the Christ, you're the great Jesus Christ. Prove to me that you're no fool; walk across my swimming pool.»
Sim, por mais que licenciosas licenciaturas desassosseguem o andor noticioso em procissões conspirativas mais ou menos independentes, estivemos em ritmo de feriados religiosos, economicamente arrumados sob o nome de Páscoa. E Páscoa é também, etimologicamente, "passagem", não apenas assinalando o percurso do Messias (o profeta, não o brandy), na sua passagem desta para melhor e, posteriormente, da melhor para esta (mau grado a indeterminação desta "esta"), mas também celebrando outras passagens, tão pascais como outras quaisquer.
Celebre-se, pois, nesta passagem:
- Uma televisão que, qual casa de passe, marca a passagem de belas a mestres sem que essa ressurreição lhes altere (seja Deus louvado!) a substância carnal;
- Uma Páscoa democrata-cristã, em que fluidos ribeiros e castros graníticos passam por portas a ritmo de compasso;
- Um Jesus Cristo – este, superstar! – que farto de ser ouvido em registos antigos, aí onde Judas perdeu as botas, desembocará ao que parece na pia baptismal do Rivoli, em que um Rio que não é o Jordão abençoará com Pais-nossos santificados o La Féria, apostado em estragar, com toada revisteira, aquela que foi a primeira ópera-rock…
Quanto a nós, cépticos celebradores, resta-nos ir ao reencontro dos óculos verdes de Herodes, no original Jesus Christ Superstar de Andrew Lloyd Webber, para entoar ao Salvador, relapso em expulsar os vendilhões deste templo:
«So, if you are the Christ, you're the great Jesus Christ. Prove to me that you're divine; change my water into wine (...);
So, if you are the Christ, you're the great Jesus Christ. Prove to me that you're no fool; walk across my swimming pool.»
5 Comments:
LOL! Que bela passagem foi a sua philosóphe, não haja dúvida. Bela posta!
:-)
Inspirado!
Por uma questão de princípio nunca se deveria referir o nome do La Féria.
É que a brincar a brincar o gaijo vai crescendo e o cérebro da populaça vai mirrando. O fulano não tem pinta para ser citado neste blog. Nem que seja para o excomungar!!
domingo no mundo, caro blogger, continua inspirado como sempre :)
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