quarta-feira, novembro 05, 2008

Por mais que se tente alcançar uma certa frieza, na cansada mania desmancha-prazeres de se pôr água na fervura, qualquer coisa teima em celebrar. E – bolas! – há que dar largas ao festejo, perder o controlo e a maturidade num instante que pede celebração juvenil.

Há 8 anos atrás, uma desarmante perversão democrática permitiu que uma anedota de mau gosto governasse os destinos da única verdadeira potência mundial. Escreveu-se história com erros de ortografia, numa incompreensível e crescente tolerância para com a estupidez e a imbecilidade – uma espécie de vírus em forma de gente ganhava dimensão histórica e desproporcionada relevância política.

Hoje, na altura em que escrevo, a eleição do primeiro Presidente negro dos EUA é ainda uma incógnita, se bem que cada vez mais uma incógnita previsível. E independentemente da cor da pele (mas também com ela), das dificuldades que se afiguram ou dos resultados de um acumulado de retrocessos anteriores, é bom apreciar uma certa capacidade regeneradora da história, de um certo “princípio esperança” quando cada vez mais custa a crer… ou a celebrar. Celebre-se, pois, mesmo que sem champanhe, que é longínquo o sucesso e magra a carteira, mas é bom perder a prudência, a contenção e a reserva.

E é com imaturidade, delícia reservada aos ingénuos, que celebramos, hoje, a vitória de Barack Obama na eleição dos próximos quatro anos de mundo!

2 Comments:

Blogger Taxi Driver said...

Uma grande vitória para o país do Uncle Sam e para os seus habitantes. Todos, sem excepção!

2:50 da tarde  
Blogger PeepingJane said...

Biba Obama! Hope is Ba(ra)ck!

8:35 da tarde  

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