O pragmatismo como obstáculo do progresso
Lamentamos a cópia, o plágio, o grande vício da babilónica idade cibernética. Em tempos de progresso e de infinito intercâmbio de informação sem rosto, os alunos abdicam de ter rosto na informação que debitam... E copiam, plagiam, desaparecem de si mesmos no que deveria ser a mais exuberante afirmação de si mesmos. Algo desencantados, diagnosticamos a situação como um vício do tempo, como uma tentação acrescida pela falta de confiança na capacidade própria; e partilhamos a diagnose com o colega, cuja formação científica nos proporcionaria o desassobro da abordagem pragmática, engenhosa na sua engenharia... E ele não desilude:
- “Conto resolver o problema – diz ele, entre dois sorvos de café – tendo em conta o maior benefício para o processo de aprendizagem... A partir deste ano, proibirei os trabalhos dactilografados. A obrigação do manuscrito fará com que, mesmo que copiem, aprendam o que estão a copiar. É que escrever (à mão), lá diziam as nossas avós, é ler duas vezes!”
Eis a demonstração de como nem sempre o pragmatismo e o progresso se conjugam, num tempo em que cada vez mais se avança dando dois passos atrás.
- “Conto resolver o problema – diz ele, entre dois sorvos de café – tendo em conta o maior benefício para o processo de aprendizagem... A partir deste ano, proibirei os trabalhos dactilografados. A obrigação do manuscrito fará com que, mesmo que copiem, aprendam o que estão a copiar. É que escrever (à mão), lá diziam as nossas avós, é ler duas vezes!”
Eis a demonstração de como nem sempre o pragmatismo e o progresso se conjugam, num tempo em que cada vez mais se avança dando dois passos atrás.
5 Comments:
Engenhoso...
ora aí está!
uma vez fiquei de castigo por falhar num verbo qualquer e por me portar bem.
a prof mandou-me escrever 100 vezes o tal verbo que era enorme, como o verbo aldalidrabilhar.
a minha maneira foi escrever "al" por ali abaixo, depois "da", etc...
esses alunos cá pra mim é assim que que para o ano vão passar os trabalhos...
Lol, everything! Essa técnica é que foi engenhosa.
Quanto ao manuscrito prófessor, não se evita o plágio, mas pelo menos torna-se a tarefa mais penosa! :D
Ora bolas,
Este post só teria algum mérito se tivesse sido integralmente copiado de um blog qualquer da net.
Mas o Senhor Aristóteles não tem estaleca para isso. Aposto que foi ele que o fez sozinho.
É engraçado que nisso, como em tantas outras coisas, se está a voltar atrás nos hábitos e costumes.
Vão escrever à mão? Espero que o teu colega não se assuste com alguns "k" e "x" em vez de "ss"... De certeza que alguns o vão fazer mesmo sem intenção. Hábitos (lamentáveis)dos tempos modernos...
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